Etapa II.2
Nessa etapa, a exigência era a criação de uma peça cuja
superfície interna fosse lisa e vazada (1,2) e outra que representasse uma
espécie de torre(3).
1. Vista superior da peça com superfície interna lisa
2. Outro ângulo de visão da peça com superfície interna lisa
3. Fotografia da torre
Após a construção dos volumes, deveríamos relacionar os dois elementos através do conceito de tensão. Para isso, foi necessário testar diversas posições a fim de verificar a possibilidade da existência de tensão entre as peças. Inicialmente, coloquei ambas as partes separadas, de forma que não formam uma unidade. Logo, o conceito de tensão inexiste, visto que não possuem relação entre si (4, 5). Posteriormente, aproximei-as, porém, de tal forma que, devido ao excesso dessa proximidade a tensão também deixa de existir, já que agora, apesar da forma ser, acentuadamente, diferente, formam uma única unidade (6). Depois dessas experiências, comecei a explorar outras relações possíveis entre os objetos de forma a tentar relacionar as peças entre si. Apesar de parecer uma base sólida, dependendo da posição em que se posiciona o volume branco, o novo sólido obtido pode apresentar uma desarmonia, o que pode ser considerado como uma ausência de unidade, uma vez que, mesmo unidos, a relação entre o eixo(peça branca) e a base(peça rosa) ocorre de modo desproporcional (7). Outro aspecto que pode ser percebido é que ao tentar encaixar a torre dentro do volume cuja superfície interna apresenta-se lisa é que existem algumas posições nas quais essa relação ocorre de maneira mais integrada. Com isso, é possível perceber que em alguns casos o equilíbrio inexiste devido ao fato de que as peças foram posicionadas de maneira equivocada (8). Essa mesma situação ocorre quando se inverte a posição das peças, transformando a rosa em uma "cobertura" e a branca no eixo de sustentação e base. Essa composição exalta a ausência de firmeza, firmitas (9). Todavia, pode-se tentar colocar a torre dentro da peça rosa. Nesse momento, passa a existir a relação entre as figuras e, consequentemente, tensão. Quando a peça rosa está localizada na parte mais superior da branca, a tensão entre ela existe, porém é pequena (10). À medida que o sólido rosa desce a tensão entre a parte inferior da torre branca e ela aumenta, pois passa a haver uma maior integração entre os elementos. Além disso, ao passo que se direciona para baixo, tem-se uma ideia de que, ao poucos, o equilíbrio será alcançado (11, 12, 13, 14). Na posição da foto 15, a tensão é praticamente máxima. Existe a impressão de que os objetos querem se atrair e, com isso, existe uma interação enorme entre as peças (15). Após essa posição em que a tensão era muito grande, a nova posição (16), em que a peça rosa encosta na mesa, faz com que a tensão novamente desapareça. Assim, é nessa posição em que se encontra o equilíbrio entre as peças, pois a base sustenta fortemente a torre.
4, 5. Objetos afastados não formando uma unidade eliminam a tensão
6. Duas peças continuam sem tensão, porque formam, agora, uma unidade única.
7. Desproporcionalidade no posicionamento do eixo(peça branca) em relação à base (peça rosa)
8. Mesmo que a peça esteja parcialmente encaixada, o equilíbrio inexiste, porque há uma inclinação acentuada, fazendo com que passe uma situação de imponência ao observador.
9. A mudança das posições das peças é ainda mais estranha sob o olhar do observador.
10. A tensão passa a existir entre os volumes, porém de maneira tênue. O grande problema desse elemento é a ausência da distribuição de pesos e um posicionamento coerente entre as peças.
11. Um pequeno deslocamento já aumenta a relação de tensão entre a parte inferior da peça branca com a rosa.
12. Posto que haja uma aparência de obtenção de equilíbrio, esse, contudo, não se confirma, porque, como se observa, ainda existe uma inclinação do sólido rosa.
13. Aumento da tensão
14. A tensão é ainda mais forte.
15. Pode-se dizer que a tensão é praticamente máxima, já que parece que as peças se atraem de forma de aquele vazio existente tende a ser superado.
16. Posição em que deixa de existir a tensão e passa se perceber o equilíbrio.
Etapa III.2
Esse processo é, na realidade, uma complementação da segunda etapa, pois, agora, além de relacionar os elementos entre si através do conceito de tensão, é preciso adicionar um plano. Portanto, o que deve ser explorado é as diferentes posições, as relações de equilíbrio, volume, peso e tensão que passam a existir entre eles. Dessa forma, os sólidos iniciais são uma figura cuja superfície interna seja lisa, branca (17), uma torre, verde (18), e uma última, já pronta, também verde, que é, na verdade, o plano (19). Posteriormente, testei algumas posições da superfície plana verde. Na 21, por exemplo, não há tensão, pois a figura plana atua como base, o que não transmite uma sensação de equilíbrio, uma vez que essa é menor que a branca. A posição tida como ideal, sob o meu ponto de vista, é a da foto número 22. Nela, a superfície lisa está na parte superior que se relaciona com o conceito tensão com a base branca. Além disso, ela está sustentada pela torre verde-claro. Caso se mude novamente a posição da base, terá uma relação de tensão entre a base branca e mesa. Essa por sua vez, será maior se comparada às anteriores (23, 24, 25). Haverá também uma certa imprecisão em termos do posicionamento do sólido de maneira a ficar pendendo de um lado para o outro, como pode ser observado no vídeo.
17. Peça branca cuja superfície interna é lisa, o que possibilita diferentes posições da torre.
18. Torre verde com a sombra projetada na mesa.
19. Plano, já pronto, para funcionar como superfície plana.
20. 3 sólidos juntos
21. Superfície verde como base causa sensação de instabilidade, entretanto, sem tensão.
22. Maior equilíbrio e proporcionalidade entre os elementos.
23. Tensão entre a mesa e base
24. Percebe-se a fresta existe pela projeção da sombra
25
Vídeo:
Etapa IV
Essa etapa consistia na união das demais, porém exigia uma relação de escala através da representação de uma obra arquitetônica já existente. Elegi uma obra da arquiteta iraquiana Zaha Hadid, única mulher a vencer o prêmio Pritzker em 2004. A obra que escolhi foi The Richard and Lois Rosenthal Center for Contemporary Art na cidade de Cincinnati no estado de Ohio, que foi construído em 2003. As cores não foram respeitadas, porém tentei manter a semelhança da obra em apresentar duas cores. Nesse caso, o rosa foi equivalente ao branco e o branco foi equivalente ao preto.
26. Reprodução da obra em lego mantendo a proporção
27. Foto da obra na cidade de Cincinnati em Ohio
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