domingo, 22 de abril de 2012

Exercício III (3.4)

Um aspecto que ficou a desejar nesse exercício foi a exploração de superfícies com papéis translúcidos coloridos que se projetam de tal forma que fazem parecer que a caixa possui outras cores. Justamente por isso, busquei elaborar de maneira simples, porém bem visível, essa característica. Havia feito algumas intervenções com papéis translúcidos, mas essas, contudo, não se sobressaíram devida à presença de outros aspectos mais marcantes, como superfícies onduladas (link:  http://sabrinamaquetes.blogspot.com.br/search/label/Exerc%C3%ADcio%203%20_%20caixa%20de%20luz). Dessa maneira, fiz alguns cortes na parte superior da caixa e forrei as demais superfícies com papel branco, porque nelas, então, seriam projetadas as cores dos papéis (1,2). Depois, projetei a luz sobre a caixa e, por isso, a luz variou a intensidade nas fotos (3,4). Para comprovar que, realmente, é o papel translúcido que altera a cor da caixa parcialmente, mudei para azul o filtro (5) e, depois, sobrepus o papel rosa com o azul (6).

 1. Caixa forrada com branco e na parte superior interna com papel rosa.
2. Por fora, o papel translúcido funciona como filtro e a cor projeta-se nas demais superfícies.
 3. Foto com menor incidência de luz
4. As aberturas se projetam nas superfícies e a cor da caixa passa a parecer rosa.
 5. Foto com o filtro azul somente.
6. Nessa foto, há uma mistura entre azul e rosa. 

sábado, 21 de abril de 2012

Etapa V.III

              Dada a concisão do post anterior a respeito desse exercício, Etapa V.I e Etapa V.II, venho por meio deste explicar detalhadamente o processo que foi desenvolvido. Assim, primeiramente, nos foi requisitado que pegássemos peças de lego e, com elas, montássemos um sólido. Esse poderia ser tanto algo inovador como também uma representação de uma obra arquitetônica já existente. Dessa forma, elegi de maneira pontual um sólido inovador, ou melhor, que não seguisse as configurações de alguma edificação. Posteriormente, foi requisitado a modificação dessa figura sem que se alterasse a figura visual inicial. Ou seja, modificações, realmente, deveriam ocorrer, mas de forma que elas assegurassem a forma inicial através do conceito de memória. Para isso, mantive as arestas constantes ou pouco alteradas, pois, como vimos em aula, são elas que mantêm essa identidade inicial. Outro aspecto observado em aula foi o de que, muitas vezes, a simetria auxilia nessa exigência de memória visual e, portanto, busquei explorar esse aspecto.
              Dadas essas exigências e circunstâncias, iniciei o processo com a montagem do sólido. Ele tinha características notáveis tais como a regularidade (1,2), uma superfície interna vazada com algumas irregularidades (3), que, por sua vez, auxiliariam nas modificações posteriores. Depois, retirei algumas peças de maneira ordenada e as reposicionei de forma a obedecer as requisições advindas das professoras. Consequentemente, o resultado se mostrou satisfatório visto que atendeu o grande objetivo do exercício que era manter a memória inicial, mesmo alterando o sólido. Passaram a existir vazios e avanços nesse novo sólido, porém de modo que esses ficaram simétricos e isso talvez tenha auxiliado nessa preservação (4,5,6, 7). 

 1. Sólido inicial
2. Proporção entre largura, profundidade e altura
3. Superfície interna vazada com algumas irregularidades
 4. Sólido final, mantendo as exigências
 5. Apesar dos vazios, avanços, a memória é perceptível
 6. As modificações foram realizadas de maneira simétrica como se percebe na foto, pois todas as faces são iguais.
7. Por fim, essa foto, quiçá, demonstre que as modificações foram tênues já que a foto se parece muito com a de número 3. Todavia, se observado de outro ângulo, esse raciocínio não se confirma, porque, aqui, é apenas uma projeção em que as faces se acumulam e, por isso, parecem pouco modificadas.

Exercício 4.II

Dando seguimento ao exercício 4, realizei algumas modificações na caixa a fim de que fosse destacado algum elemento. Nesse caso, minha escolha foram as superfícies curvas. Para isso, portanto, fiz alguns cortes na caixa  para que esses elementos possibilitassem a incidência de luz através dessas novas frestas. Dessa forma, as superfícies passam a ser valorizadas sem que se necessite de um elemento artificial. 

 1. Foto bem escura, mas que procura evidenciar a existência das curvas e suas formas no corte. A luz acaba por ultrapassar as frestas através do efeito físico chamado de difração e, por isso, tem-se a ideia de que as superfícies flutuam.
 2. Percebe-se um destaque maior para as curvas em relação a superfície retilínea. Essas, por sua vez, criam sombras diferentes entre os planos, o que acaba sendo uma das características do exercício realizado.
 3. Com uma maior incidência de luminosidade na parte central da caixa, elementos antes não destacados passam a ser, a exemplo da rampa que liga o segundo pavimento ao terceiro. 
 4. A luz incide de forma regular sobre todas as fendas. Isso mostra um aspecto linear e constante que existe nesse corte.
5. Um ângulo diferente do anterior, agora, destaca-se a parte inferior de cada uma das curvas, mostrando que também existe frestas nessa área.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Exercício IV

Esse exercício exigia que fosse realizada uma espécie de corte longitudinal seja horizontal seja vertical. Para isso, foi preciso elaborar croquis de modelos a serem desenvolvidos. Dessa forma, foram propostos 4 corte horizontais (1, 2, 3, 4) e 4 corte verticais (5, 6, 7, 8). Outro aspecto a ser explorado era a variação de calungas (9), pois são essas que determinam a proporção em relação ao espaço. Dentro da exigência do desenho, encontrava-se a de prever a incidência solar, ou, até mesmo, artificial, dentro desse ambiente através da utilização do sombreado. Ao realizar os desenhos, tentei variar o número de pavimentos, porque, assim, a mudança de escala ficaria mais clara. Outra circunstância que busquei exercitar foi a de alterar curvas e formas retilíneas ou, algumas vezes, buscando conciliar ambas dentro do mesmo ambiente. Já quando comecei a executar a parte prática, com a utilização de uma caixa de sapato, elegi uma representação apenas. Ela alternava curvas e faces planas e isso se mostrou interessante se observada a luminosidade que incidiu sobre a caixa (10). Nota-se uma claridade maior nos pavimentos superiores e, à medida que, se desce ela diminui, chegando a ficar bem escura na parte inferior (11, 12, 13, 14). Assim, como disse anteriormente, com a variação de calungas podem ser propostas diversas funções ao ambiente devida à troca de escala (15, 16, 17, 18, 19). 

 1. Proposta com curvas e superfícies planas
 2. Espaço explorado principalmente com a variação do tamanho das aberturas entre as superfícies planas. Alguns desses vazios são completados com uma superfície translucida tal como o vidro.
 3. Exemplo de variação de escala, já que apresenta só dois pavimentos.
 4. Mudança de angulação entre as superfícies.
 5. Corte longitudinal vertical com curvas 
 6. A escala se apresenta maior nesse exemplo.
7. Ambiente explorado com "quebra" do espaço através da utilização de superfícies contínuas e retilíneas.
8. A exemplo do corte número 2, esse também 
explora as aberturas. 
9. Calungas a serem usados como referência de escala
10. Maquete que representa o corte número 1
 11. Parte superior na qual a incidência de luminosidade é maior
 12. Contrastando com a foto 11, local onde há menor luz.
 13. Vista vertical do lado direito
14. Vista vertical do lado esquerdo
15. Percebe-se a proporção do espaço com o calunga. Além disso, há uma mudança da posição da incidência "solar" se comparada com a foto de número 16.
16. Mesma escala da foto anterior, 15, porém com luminosidade diferente.
17. Escala menor
 18. Foto mais aproximada para se perceber a relação entre os elementos.
19. Escala mediana se comparada a da foto 15 e 17.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Espaço e Luz.II

Dando seguimento ao exercício que busca explorar a relação entre "Espaço & Luz", alguns aspectos ficaram pendentes em termos de exercício. Pedia-se que houvesse variação da calunga e, para isso, o principal recurso utilizado foi a mudança do sentido da caixa, o que altera a relação da altura da caixa com o calunga(referência para a escala). Além disso, busquei alguns exemplos de situações reais em que a luz se mostrou como uma ferramenta essencial para a compreensão da obra arquitetônica. Dentre as observadas, algumas serviram de inspiração e, já outras, como exercício de observação e estudo. Assim, surgiram outras novas propostas dentro do contexto que se era esperado, dando seguimento ao exercício iniciado anteriormente.

Proposta 4: A principal característica dessa proposta é a não-linearidade de uma das faces. Essa se apresenta com curvas alternadas entre a parte superior e inferior. Confeccionada com papel verde claro e, pela parte externa, coberta com papel celofane também verde, servindo de filtro. O interessante dessa proposta é a forma com a luz incide sobre o "chão", de tal forma que se formam círculos, de acordo com a posição de que a luz provem. Outro aspecto que é válido destacar é a variação da sombra com a mudança da luz. Essas curvas são benéficas para conter o excesso de incidência solar ao longo do dia, sem, contudo, que seja preciso a utilização de luz artificial. Com a alteração do posicionamento da caixa, muda a forma de observar o ambiente. Se colocada de maneira horizontal, o ambiente parece mais baixo e, portanto, a escala deve acompanhar, sendo assim, o calunga menor. Já quando é mais alta, o calunga pode ser maior, pois há espaço para isso. Imagens: 1, 2, 3 (caixa no sentido horizontal) e 4,5 (caixa no sentido vertical).

1. Sombra projetada principalmente embaixo da superfície
2. Dessa maneira a sombra passa a ser circular, mas dupla também.

 3. Nessa posição de luz, as sombras passam a se acumular.
4. Percebe-se a mudança do calunga, que, agora, é maior.
5. Uma parte da sombra se projeta na aresta entre o chão e a superfície lateral e a outra somente na superfície lateral.
Seguindo esse raciocínio de proposta, decidi inverter a posição da superfície curvilínea, de modo que essa, agora, se posiciona na parte externa e funciona de maneira a evitar a grande incidência solar novamente. A grande alteração dessa nova proposta para a outra é que nessa nova o formato das aberturas é, na realidade, um quadrado, que continuam de alternando. Outro aspecto de que vale a pena ser salientado é o fato de que, apesar de haver o celofane, esse perde um pouco de sua função de filtro, pois a incidência luminosa passa a não ocorrer diretamente nele. Novamente, persiste a alteração de calungas de acordo com o sentido de posicionamento da caixa. Caso essa seja horizontal, a calunga é menor e vice-versa. Imagens: 6,7,8,9 (caixa na posição horizontal) e 10, 11 (caixa posição vertical).
 6. Nota-se a regularidade da alteração das aberturas.
 7. A luminosidade invade através das aberturas e essas, por sua vez, geram uma sombra na parte oposta e também no chão da caixa.
 8. Nesse caso, passa a ocorrer uma intersecção entre as sombras.
9. Aqui, as sombras se acumulam próximo da própria superfície em que se encontram.
 10. Existe uma "fenda" entre a lateral e a base, o que faz parecer que não há ligação entre os elementos.
11. A parte superior aparece de maneira levemente curvilínea.

Proposta 5: Essa proposta apresenta como diferencial a presença de um círculo. A grande vantagem dessa figura para a iluminação é que através dele os raios solares, por exemplo, aparentam adentrar mais no ambiente. Na primeira situação o plano rosa está inclinado e, ao fim, une-se com o azul marinho. Além disso, esse círculo possui um filtro cuja cor é fruta-cor. Uma abertura leve entre as superfícies brancas e as demais transmite uma impressão de que as coloridas estão flutuando (12).  Já quando se altera a posição do plano rosa, as aberturas ocorrem, além do círculo, na parte diante do olho mágico de maneira lateral, o que continua com o efeito de flutuar. Novamente, percebe-se a variação da posição da sombra (13,14).
 12. A incidência luminosa faz com que pareça que as superfícies coloridas estejam flutuando. 
 13. A sombra projeta-se grande e sobre o calunga.
14. A aparência de desconectividade entre os planos é um efeito interessante em alguns casos.

Proposta 6: o posicionamento dos planos nessa proposta faz parecer que a caixa seja infinita. Além da abertura lateral, com papel celofane, uma tênue abertura e, consequentemente, incidência solar ao fundo da caixa faz com que essa ideia se perpetue. Quanto mais ao fundo, menor é a altura e, por isso, deve-se reduzir o tamanho do calunga. Novamente, alterando a escala. Na foto mais escura (15), há um reflexo roxo proveniente do uso do papel celofane. Isso não ocorre quando a luz se torna mais intensa (16). Quando se inverte a posição da caixa, a ideia de infinidade continua (17). A diferença, agora, é a escala do ambiente.
 15. A parte lateral forrada com celofane possibilita a visualização do ambiente externo.
 16. A grande incidência luminosa faz com que a caixa pareça infinita.
17. Escala um pouco maior devido a relação de altura.

Proposta 7: essa proposta é uma tentativa de utilizar uma ideia da obra do arquiteto Eduardo Souto de Moura com a obra Paula Rego Museum em Cascais, Portugal, feita em 2008 (18). A ideia que tentei reproduzir foi a da abertura quadrangular que surge de uma espécie de pirâmide (19 e 20). 
18. Paula Rego Museum
19. Foto sem olho mágico
  20. Foto com olho mágico. Nota-se a abertura em formato quadrangular.

Enfim, essas foram algumas das obras que observei para a realização do exercício.
 21. Obra do arquiteto francês Jean Nouvel.É o Instituto do Mundo Árabe (IMA ou Arab World Institute) em Paris, França. Foi construído no ano de 1987.
21. Obra do arquiteto português Álvaro Siza. É a Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre, Brasil. Esse é um dos corredores e a abertura é um círculo com vidro junto de uma outra abertura pequena de forma retangular.